O antigo secretário-geral do Partido Socialista (PS), António José Seguro, reiterou, esta quinta-feira, que não se sente “pressionado absolutamente com nada”, face ao anúncio de que o governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, está ‘fora’ da corrida à Belém e que o socialista António Vitorino poderá em breve manifestar a sua vontade de concorrer no sufrágio de 2026.
“Não me sinto pressionado absolutamente com nada. Sou um homem livre e, portanto, tenho os meus próprios timings, tenho a minha própria maneira de ponderar, e não lhe direi mais nada. […] Estou em reflexão, e é aí que continuo”, garantiu, no seu espaço de comentário na CNN Portugal.
Questionado pelo jornalista João Póvoa Marinheiro sobre o que está em falta para avançar, Seguro foi taxativo: “Isso é comigo próprio, com a conversa que estou a ter comigo próprio.”
O comentador apontou ainda que, no que diz respeito a Centeno, é necessário “respeitar as decisões das pessoas, quer fosse esta, quer fosse outra completamente diferente”.
“Da minha reflexão, não me é nada estranho, tudo aquilo que se passa na vida pública, na vida social do país. Tudo isso tem a ver com a reflexão que eu faço, mas mais não digo”, disse.
Recorde-se que, na quarta-feira, o atual governador do banco central assumiu não será candidato à Presidência da República, uma vez que “nunca” desempenhou as suas funções “para passar com 10”.
“Não vou ser candidato à Presidência da República. Não vou apresentar nenhuma candidatura. Não está no meu horizonte que isso aconteça. […] É uma decisão pessoal, tomada dentro do meu círculo pessoal, da minha família, da visão que eu tenho – pessoal e profissional – de mim mesmo, e daquilo que eu quero fazer no futuro”, sustentou, em declarações ao programa Grande Entrevista, da RTP 3.
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