Estava escrito nas estrelas: como revelou a repórter Mônica Bergamo, o ministro da Defesa, José Mucio, quer ir embora.
Mucio desembarcará em silêncio, como em silêncio deu a Lula e ao Brasil a retirada dos militares da ribalta. Depois de quatro anos de Bolsonaro, isso não foi pouca coisa.
Se a infantaria petista não se acalmar e se a Casa Civil de Rui Costa não calçar as sandálias da humildade, Ricardo Lewandowski será o próximo a pedir para sair.
Lula tem dois tipos de ministros: os que querem ficar e os que não precisam ficar. Quando um ministro que não precisa ficar quer desembarcar, é bom que se preste atenção.
Justiça Militar
Por 8 a 6, o Superior Tribunal Militar, última instância dessa modalidade de Justiça, reduziu de pelo menos 28 anos para quase 4 anos a pena dos oito integrantes da patrulha que em 2019 deu 257 tiros no carro em que viajava o músico Evaldo Rosa, com a família. 62 tiros acertaram. Evaldo morreu e seu sogro foi ferido. O catador Luciano Macedo, que tentou socorrê-los, também foi morto.
As penas foram reduzidas no tamanho e, sobretudo, na qualidade. Todas serão cumpridas em regime aberto.
Evaldo e sua família nada tinham a ver com nada. Foram confundidos por um oficial inepto.
O STM tem 15 juízes, 10 dos quais são militares que chegaram ao topo de suas carreiras.
Tamanha audácia surpreendeu, porém apenas confirmou a lição do presidente francês Georges Clemenceau (1841-1929): “A Justiça Militar está para a Justiça, assim como a música militar está para a música”.
Clemenceau foi injusto com a música militar. Ela produziu umas poucas boas peças.
O processo dos golpistas
Pelo andar da carruagem, se algum réu do inquérito do golpe conseguir ser julgado pela Justiça Militar, o desfecho será previsível: Lula será condenado por ter vencido a eleição.
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