O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão imediata do radialista Roque Saldanha que quebrou a tornozeleira eletrônica e proferiu ofensas ao magistrado. O pedido foi encaminhado à Polícia Federal (PF).
Na última terça-feira (26), Saldanha postou um vídeo mostrando a tornozeleira quebrada e chamou Moraes de “pilantra”. Ele chegou a ser preso por tentativa de golpe de Estado nos atos do dia 8 de janeiro de 2023 e cumpria medidas cautelares.
No vídeo, Saldanha diz que rompeu a tornozeleira porque o equipamento estava esquentando muito, com risco de feri-lo caso não fosse retirado.
O vídeo de Saldanha passou a circular nas redes sociais na terça-feira (26), após ordenar nova prisão do radialista por quebra das medidas cautelares.
“O senhor está sabendo que eu não posso usar isso mais (a tornozeleira), porque minha perna tava toda comida, tem fotos e vídeos protocolados no processo. Estado Democrático de Direito do c* do senhor, da caçapa do seu c*, entendeu. Pega essa tornozeleira e abre seu c* e enfia lá dentro, rapaz. Eu sou homem. Se você quiser conversar só eu e o senhor, (só) nós dois juntos… Você confia muito na (Polícia) Federal. Inclusive, esses delegados têm que tomar vergonha na cara, porque ficam trabalhando em prol de bandido do STF”, disse o radialista no vídeo.
“A diferença é que eu sou homem e você é safado, pilantra, rapaz. Nem em Brasília no 8 de janeiro eu estava, rapaz”, completou.
O mandado de prisão proferido por Moraes foi divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Metrópoles. O processo tramita em segredo de justiça.
Prisão do radialista
O radialista foi preso em janeiro de 2023 acusado de incitar “atos violentos e atentatórios ao Estado Democrático” pelas redes sociais.
Saldanha foi solto no fim do mesmo mês sob a condição de cumprir medidas cautelares, como o uso da tornozeleira eletrônica e a proibição de sair do município de Governador Valadares (MG).
Saldanha é natural do município de Carlos Chagas (MG). Em 2022. O radialista foi candidato ao cargo de deputado federal por Minas Gerais, pelo PSC, mas não conseguiu ser eleito.