Na sessão de encerramento do ano, o decano do STF prestou solidariedade a Alexandre de Moraes e citou suposto plano de golpe
O decano do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, prestou solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes e sua família nesta 5ª feira (19.dez.2024) ao citar suposto plano de golpe que teria sido tramado em 2022. Dentre os objetivos da trama, estaria a tentativa de matar Moraes, ministro que, segundo Gilmar, “enche de orgulho a nação brasileira”.
“Vossa excelência, ministro Alexandre, enche de orgulho a nação brasileira demonstrando ao mesmo tempo ponderação e assertividade na condução dos múltiplos procedimentos adotados para a defesa da democracia em nossa pátria”, afirmou.
As declarações se deram durante a sessão de encerramento do ano Judiciário de 2024. O presidente do STF, Roberto Barroso, fez um balanço das atividades da Corte ao longo do ano.
Ao tomar a palavra, além de elogiar a condução do tribunal por Barroso –que deixará a presidência do Supremo em 2025 –Gilmar também fez referência ao suposto plano de golpe que teria sido tramado em 2022 para evitar que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), então presidente e vice eleitos, fossem empossados.
“Perante notícias públicas de que verdadeira organização criminosa estaria planejando típico golpe de Estado, é preciso reconhecer que chegamos a graus de paroxismo desconhecidos na história brasileira, cenário que gera perplexidade e indignação a todos nós, democratas brasileiros”, disse Gilmar, ao lembrar que o caso ainda segue sob investigação das autoridades.
INDICIAMENTO PELA PF
Em novembro, a PF (Polícia Federal) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro da Defesa, Braga Netto e outras 35 pessoas por tentativa de golpe. Menos de 1 mês depois, indiciou outras 3, fazendo com que o total chegasse a 40.
No último sábado (14.dez), Braga Netto foi preso pela PF. Segundo a corporação, ele teria atuado para obter informações sobre a delação premiada de Mauro Cid e a obtenção e entrega de recursos financeiros para execução de monitoramento de alvos e planejamento de sequestros e, possivelmente, homicídios de autoridades.