O relatório final da investigação da Polícia Federal sobre tentativa de golpe de Estado em 2022 cita o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) 206 vezes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 72 momentos. Os dois são dos principais alvos da trama golpista. O documento tem 884 páginas.
Além do plano para impedir a posse do petista e manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência da República, os envolvidos também planejaram matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo.
As conclusões das investigações foram entregues na quinta-feira (21) ao STF e tornadas públicas pelo próprio Moraes nesta terça-feira (26).
De acordo com a PF, diálogos entre interlocutores, análise da localização de celulares e datas e locais de reuniões indicam que o ex-presidente sabia do plano de assassinato das autoridades.
Há detalhamento, por exemplo, sobre como a rotina de Moraes era monitorada e do acompanhamento da atuação dele. Lula é citado em boa parte das vezes sobre o impedimento da diplomação, da posse ou da ideia de envenená-lo.
Bolsonaro nega ter tido acesso ao plano de execução das autoridades. “Esquece, jamais. Dentro das quatro linhas não tem pena de morte”, afirmou na segunda-feira (25).
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