Ministros tentam tirar peso de reunião marcada com Lula para esta sexta (20)


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reunirá nesta sexta-feira (20) seus 39 ministros para um encontro no Palácio do Alvorada. O compromisso será o primeiro do petista após o período internado em São Paulo.

Ministros ouvidos pela CNN foram categóricos em dizer que não se trata de uma reunião ministerial, mas sim de um almoço de confraternização. A ideia é que eles ouçam mais do que sejam ouvidos, já que não são esperados balanços individuais de cada pasta. Uma reunião ministerial mais robusta é esperada para janeiro.

O tom esperado pela fala de Lula é de orientação ao time. Questionados se estão esperando algum puxão de orelha do presidente da República, ministros brincaram que é final de ano, véspera do Natal e que “os corações costumam estar mais leves, mais para agradecimentos”.

Também não se espera que seja um encontro longo porque o presidente Lula ainda se recupera das últimas intercorrências médicas e deve ser poupado de agendas mais extensas.

Em algumas ocasiões que de fato foram reuniões ministeriais, Lula ficou reunido por nove horas com os ministros e foi dada a palavra a cada um deles.

A previsão é de que apenas os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Fernando Haddad (Fazenda) devam falar.

O presidente chegou a cogitar uma confraternização com a equipe na Granja do Torto, mas foi desaconselhado diante das observações médicas. Ele esteve internado no Hospital Sírio-Libanês na última semana para realizar uma cirurgia de emergência na cabeça. Voltou à Brasília na quinta-feira (19).

Segundo Padilha, a expectativa é chegar na reunião com notícias positivas para o presidente sobre o pacote de gastos. Nesta semana, o governo correu para aprovar no Congresso um pacote de medidas para controlar o gasto público e garantir o limite do arcabouço fiscal nos próximos anos.

Este pacote é composto por uma PEC, um projeto de lei ordinária (PL) e um projeto de lei complementar (PLP). Antes de as matérias chegarem ao Congresso, o governo previa uma economia de R$ 70 bilhões.



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