O aumento de testagens e confirmações de casos da febre oropouche, registrado no ano passado no Brasil, levou a população a ter mais informações sobre um mosquito até então pouco mencionado nas campanhas de saúde, o culicoides paraensis.
Também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, ele é comum em diversas partes do planeta e se reproduz em ambientes úmidos e fartos em matéria orgânica. Mas as características físicas do inseto ainda são pouco conhecidas por quem não o estuda.
Para reverter essa situação e combater a confusão com o aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya – o Ministério da Saúde divulgou a primeira ilustração fiel do bichinho minúsculo, mas que pode trazer grandes riscos.
Para se ter uma ideia de como é difícil enxergar o mosquito, o maruim mede no máximo 3 milímetros, cerca de 12 vezes menor que o mosquito da dengue e 20 vezes menor que o pernilongo comum.
A ilustração desse pontinho voador foi desenvolvida com a ajuda de cientistas e especialistas em insetos para ser o mais fiel possível à realidade. A ideia é que a imagem ajude na prevenção e auxilie também os veículos de comunicação a mostrar a verdadeira face do maruim.
O vírus circula principalmente na Amazônia, mas, com as mudanças climáticas e a implementação da testagem em todo o território nacional, a febre oropouche passou ser registrada também em outras regiões.
As recomendações para evitar a picada são uso de roupas que cubram o corpo, distância de locais com grande presença dos insetos, e limpeza de restos de matéria orgânica e ambientes úmidos, principalmente em residências com pessoas grávidas.
Edição: Nathallia Fonseca