Militares hoje não podem contestar cortes, dizem petistas – 28/11/2024 – Painel


O contexto atual, em que 25 militares foram indiciados pela Polícia Federal por suposta participação em tentativa de golpe de Estado, faz com que as Forças Armadas percam legitimidade para contestar as medidas de ajuste fiscal apresentadas pelo governo Lula (PT).

Essa é a avaliação de parlamentares petistas ouvidos pelo Painel. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), futuro líder da bancada do partido, diz que o momento também é desfavorável aos militares devido ao sucesso de bilheteria do filme ‘Ainda Estou Aqui‘, de Walter Salles, que trata do sequestro, tortura, assassinato e morte do ex-deputado Rubens Paiva por militares brasileiros.

O pacote de cortes de gastos anunciado por Fernando Haddad inclui o fim da chamada “morte fictícia” dos militares, ou seja, a pensão que recebem quando são expulsos das Forças Armadas; o encerramento da transferência de pensão dos militares para dependentes em caso de morte; e o estabelecimento de idade mínima progressiva para aposentadoria, chegando a 55 anos em 2030.

Deputados petistas afirmam que os ajustes para os militares ainda são brandos, e também por isso eles não deveriam se mobilizar para contestar. O governo afirma que as mudanças relacionadas aos militares terão impacto de R$ 2 bilhões ao ano.

O impacto estimado do pacote é de R$ 71,9 bilhões em 2025 e 2026. Num horizonte mais longo, a promessa do governo é poupar R$ 327 bilhões entre 2025 e 2030.


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