Eleição sugere um movimento em direção a Moscou, afastando-se das alianças ocidentais
O ex-jogador de futebol Mikheil Kavelashvili foi eleito presidente da Geórgia, encerrando um processo eleitoral repleto de controvérsias e alegações de fraude. Kavelashvili, que pertence a um partido de ultradireita, é conhecido por suas opiniões contrárias à União Europeia e por buscar uma maior aproximação com a Rússia. Sua eleição sugere um movimento em direção a Moscou, afastando-se das alianças ocidentais. A decisão do governo de interromper o processo de adesão à União Europeia gerou descontentamento entre a população, que em sua maioria apoia a entrada no bloco. Desde então, manifestações têm ocorrido em várias partes do país. O partido de Kavelashvili, Sonho Georgiano, conquistou 54% dos votos nas eleições parlamentares, mas a oposição se recusa a participar do Legislativo, alegando que houve fraudes.
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Kavelashvili foi eleito com o apoio de 224 dos 225 membros do colégio eleitoral, mas a legitimidade de sua vitória é contestada. Observadores internacionais relataram que houve manipulação e intimidação durante o processo eleitoral. A atual presidente, Salome Zourabichvili, pediu a anulação das eleições e convocou a população a se manifestar contra os resultados. A resposta do governo às manifestações foi violenta, resultando em 460 prisões e um número significativo de feridos, embora a oposição questione esses dados.
Neste último sábado, centenas de pessoas se reuniram em frente ao Parlamento para protestar contra a eleição de Kavelashvili, demonstrando a insatisfação popular. Kavelashvili é também o líder do movimento Poder Popular, que apoiou uma polêmica legislação sobre “agentes estrangeiros”. Essa lei é vista pela oposição como uma tentativa de silenciar ONGs que se opõem ao governo, intensificando ainda mais a tensão política no país.
Publicado por Sarah Paula
*Reportagem produzida com auxílio de IA