Meta doa US$ 1 milhão para fundo de posse de Trump


A contribuição indica uma tentativa de aproximação depois da relação conturbada entre Zuckerberg e o presidente eleito dos EUA

A Meta, empresa detentora do Facebook, Instagram e WhatsApp, doou US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 6 milhões, na cotação atual) para o fundo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano).

A contribuição, confirmada pela empresa ao jornal norte-americano Wall Street Journal na 4ª feira (11.dez.2024), indica uma possível tentativa de aproximação depois da relação conturbada entre o CEO da Meta, Mark Zuckerberg e Trump. 

Durante sua campanha, o republicano criticou Zuckerberg e a Meta. Disse que faria retaliações, caso o CEO tentasse interferir nas eleições. A fala está presente no livro “Save America” (“Salve os Estados Unidos”, em tradução literal), lançado por Trump em 3 de setembro.

Contudo, em 29 de novembro, depois da vitória eleitoral de Trump, Zuckerberg iniciou os esforços para fortalecer seus laços com o presidente eleito ao participar de um jantar no resort do republicano em Mar-a-Lago, na Flórida.

Na ocasião, o bilionário apresentou o óculos inteligentes da Meta ao republicano. Um porta-voz da empresa confirmou o evento à BBC e disse que “Mark ficou grato pelo convite para se juntar ao presidente Trump e pela oportunidade de se encontrar com integrantes de sua equipe para falar sobre a próxima administração. É um momento importante para o futuro da inovação americana”.

Histórico

O encontro e a doação se dá depois de um histórico de relação conturbada. Em 2021, Trump foi banido do Instagram e do Facebook depois de seus apoiadores invadirem o Capitólio em 6 de janeiro.

A Meta devolveu a conta em 2023 e as tensões pareceram se acalmar. Depois da tentativa de assassinato de Trump em Butler, Pensilvânia, Zuckerberg chegou a afirmar que a reação do magnata no dia foi “uma das coisas mais f*das” que viu na vida.

No entanto, cerca de 1 mês depois, no livro “Save America”, referindo-se a uma doação de US$ 420 milhões que a instituição de caridade de Zuckerberg fez para financiar a infraestrutura eleitoral de 2020, Trump chegou a ameaçar o bilionário caso ele interferisse nas eleições.





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