Apesar de o Google mostrar o dólar com uma cotação de cerca de R$ 6,40 nesta quarta-feira (25) — dia em que mercados na maior parte do mundo estavam fechados pelo feriado de Natal —, não houve transações com a moeda neste valor.
Os negócios envolvendo o câmbio no Brasil seguem a taxa Ptax — referência para contratos denominados em real em bolsas de mercadorias no exterior —, divulgada diariamente pelo Banco Central (BC).
Como não houve operações na terça (24) e quarta, a taxa vigente era a do fechamento de segunda-feira (23), que apontava para a compra e venda de dólar na cotação de aproximadamente R$ 6,15, segundo informações disponíveis no site do BC.
O valor também se aproxima do fechamento apontado pelo portal Refinitiv, com dólar encerrando a sessão de segunda ao redor de R$ 6,18, alta de 1,88% ante o fechamento na sexta-feira (20).
José Faria Júnior, CEO da Wagner Investimentos, esclarece que a cotação não reflete o mercado tradicional, que tem preços estabelecidas com os grandes volumes de negócios entre bancos e corretoras – o que só acontecerá na volta do feriado, nesta quinta-feira (6).
A cotação não estava mais disponível no Google no fim da tarde desta segunda-feira.
Na segunda-feira (23), a cotação encerrou em R$ 6,185, com a permanência do temor com as contas públicas no radar dos investidores.
No início de novembro, o Google passou por situação semelhante ao mostrar dólar a R$ 6,18, enquanto outros terminais mostravam o câmbio em R$ 5,86.
Em nota à CNN, o Google afirmou que os dados em tempo real são de “provedores globais terceirizados de dados financeiros”. “Trabalhamos com nossos parceiros para garantir a precisão e investigar e solucionar quaisquer preocupações.”
A Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou nesta quarta-feira (25) que irá consultar o Banco Central (BC) sobre “possível informação incorreta de cotação do dólar” no Google. A AGU sinalizou urgência na resposta.
As três maneiras que o Banco Central tem para conter o dólar