A médica obstetra e influenciadora Anna Beatriz Herief Gomes teve o registro profissional suspenso pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) e pelo Conselho Federal de Medicina após decisão da Justiça, que levou consideração, denúncias feitas por mulheres que alegam ter sofrido violência obstétrica durante o parto.
Nas redes sociais, Anna, que conta com mais de 230 mil seguidores, dá dicas sobre partos, além de promover um curso chamado de “Curso de Preparação para o Parto”.
Nesta quinta (28), ela se manifestou sobre a decisão, lamentando sobre o veredito e afirmou que seu caso “viola o princípio da proporcionalidade”.
“Por enquanto, sigo servindo por aqui da melhor forme que posso como sempre”, finalizou.
No documento ao qual a CNN teve a acesso, a maternidade onde a médica trabalhou afirma que “a não ser que, para a Autora, “bem-sucedido” signifique o mero nascimento com vida do bebê, a PERINATAL e a REDE D’OR demonstrarão que o parto possui indícios de imprudência que estão sendo avaliados pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro – CREMERJ”, diz.
Em 2018, a atriz Juliana Didone, que teve o parto realizado por Anna relatou ter sofrido violência obstétrica durante o trabalho de parto de sua filha, Liz, hoje com cinco anos.
Ainda na petição, o hospital afirma que um dos casos citados “não é isolado e não foi o único a ser considerado” para levar o local a suspender a médica, finaliza.
Somente no documento citado, ao menos quatro mães acusam formalmente a médica por violência obstétrica.