A Marinha afirmou nesta quarta-feira (27) que não houve mobilização de tanques de guerra da Força no fim de 2022 para a execução de um golpe de Estado.
A nota foi divulgada após o relatório final da Polícia Federal sobre a trama golpista liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mostrar uma troca de mensagens entre uma pessoa desconhecida com o tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere.
O militar fez a captura de tela das conversas com o contato registrado como “Riva” e a enviou para o tenente-coronel Mauro Cid. Nas mensagens, a pessoa não identificada diz, sem apresentar provas, que generais estariam negociando cargos com o governo do presidente eleito Lula (PT).
“O Alte Garnier é PATRIOTA. Tinham tanques no Arsenal prontos”, diz Riva na sequência. Ele se referia ao fato do ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos ser o único chefe das Forças Armadas a apoiar o golpe de Estado planejado por Bolsonaro.
Mauro Cid respondeu a Cavaliere no prints que “a história não foi bem assim” e, na sequência, envia áudios posteriormente apagados. A conversa ocorreu em 4 de janeiro de 2023.
“A Marinha do Brasil afiança que em nenhum momento houve ordem, planejamento ou mobilização de veículos blindados para a execução de ações que tentassem abolir o Estado Democrático de Direito”, diz a Força, em nota.
O comunicado ainda diz que a Marinha “assegura que seus atos são pautados pela rigorosa observância da legislação, valores éticos e transparência”.
“Sublinha-se que a constante prontidão dos meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais não foi e nem será desviada para servir a iniciativas que impeçam ou restrinjam o exercício dos Poderes Constitucionais”, completa.
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