Milhares de pessoas foram às ruas em atos contra e a favor de Yook Suk Yeol, afastado desde a tentativa fracassada de impor uma lei marcial
Milhares de sul-coreanos protestaram no sábado (4.jan.2025) a favor e contra o presidente Yoon Suk-yeol (Partido do Poder Popular, direita). O presidente foi afastado do cargo em 14 de dezembro, depois que a Assembleia Nacional da Coreia do Sul aprovou seu impeachment por ter decretado lei marcial no país.
Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, manifestantes se reuniram em vias da capital, Seul, causando intercorrências no tráfego. Parte pedia a anulação da destituição de Yoon, enquanto a outra exigia a sua prisão.
Na 6ª feira (3.jan), ainda 5ª feira (2.jan) no Brasil, militares, agentes da segurança pessoal e apoiadores de Yoon Suk-yeol barraram uma operação para prendê-lo.
Agentes do CIO (sigla para Escritório de Investigação de Corrupção para Altos Funcionários da Coreia do Sul) foram até a residência presidencial para executar o mandado de prisão contra Yoon. Lá, porém, os agentes se depararam com um grupo de mais de 1.000 pessoas, que impediram a entrada na casa.
No dia seguinte, investigadores da Coreia do Sul pediram para que o presidente interino do país, Choi Sang-mok, ordenasse que o serviço de segurança não interfira no cumprimento do mandado de prisão contra Yoon Suk-yeol. As informações são da Reuters.
IMPEACHMENT
Ainda que a Assembleia Nacional tenha aprovado a remoção de Yoon do cargo de presidente, a decisão final cabe à Corte sul-coreana, que tem 6 meses para aprovar ou suspender o impeachment. A data de início do julgamento está marcada para 14 de janeiro. Yoon é obrigado a comparecer.
Tendo em vista que a Coreia do Sul não possui vice-presidente, eleições presidenciais antecipadas serão convocadas em até 60 dias se o Tribunal validar o impedimento.