O anúncio foi feito no dia seguinte a um debate na rede social entre a candidata a chanceler do partido de extrema-direita alemão AfD, Alice Weidel, e Musk.
O empresário reiterou o seu apoio à candidata, seis semanas antes das eleições legislativas antecipadas no país.
“Os valores da diversidade, da liberdade e da ciência já não estão presentes na plataforma”, afirmam instituições como a Universidade Livre de Berlim, a Universidade Humboldt e a Universidade de Desporto de Colónia, numa declaração conjunta.
Duas universidades da cidade austríaca de Innsbruck também assinaram a declaração.
Os signatários afirmam que não desejam continuar na plataforma devido aos seus recentes desenvolvimentos, em particular o reforço algorítmico de conteúdos populistas de direita.
Na Alemanha, estes cerca de sessenta estabelecimentos de ensino superior e institutos de investigação são os últimos de uma longa lista a anunciar a sua saída do X.
Na quinta-feira, o Tribunal Federal de Justiça da Alemanha indicou que não publicaria mais nada no sítio, tal como vários sindicatos, entre os quais o dos serviços (Verdi), que considerou a plataforma um “fórum de ódio, desinformação e propaganda de extrema-direita”.
Clubes de futebol como o Werder Bremen, tetracampeão alemão, e o Saint Pauli, de Hamburgo, também retiraram as suas contas do X, tal como os supermercados do grupo Aldi.
O Governo alemão tem de justificar regularmente a sua presença no X.
“Estamos muito preocupados com o desenvolvimento do X, mas, ao mesmo tempo, temos de pensar constantemente em como podemos chegar a pessoas que não poderíamos alcançar de outra forma”, disse uma porta-voz do Governo alemão, Christiane Hoffmann, numa conferência de imprensa.
“De momento, decidimos manter o X, mas estamos constantemente a avaliar a situação”, afirmou.
Segundo as últimas sondagens, a AfD deverá conseguir entre 19 a 21,5% dos votos nas eleições antecipadas de 23 de fevereiro, ficando em segundo lugar.
À frente na corrida está a união dos conservadores da União Democrata-Cristão (CDU) com o partido irmão da Baviera, a CSU, com 29 a 33%. O partido do atual chanceler, Olaf Scholz, o Partido Social Democrata (SPD) segue em terceiro lugar com uma variação entre 15,5 e 17%.
Elon Musk tem sido amplamente criticado por vários líderes europeus, incluindo o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que consideram que o bilionário é um perigo para a democracia europeia.
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