O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira (06). O último compromisso no local foi em 9 de dezembro, quando, já sentindo dores na cabeça, se reuniu com os presidentes da Câmara e do Senado em uma semana que prometia ser intensa no Congresso Nacional.
Nas horas seguintes, já na madrugada de 10 de dezembro, o presidente foi levado emergencialmente para São Paulo, onde passou por uma cirurgia para drenar um hematoma na cabeça, entre o osso do crânio e o cérebro.
Ainda sob recomendação médica para evitar grandes deslocamentos, Lula não deve viajar para fora de Brasília neste mês de janeiro. Ele também segue impedido de retomar sua rotina de exercícios físicos.
O primeiro compromisso público de Lula está previsto para quarta-feira (8), durante um evento que marcará os dois anos dos atos golpistas de 8 de janeiro.
Desde que recebeu alta hospitalar em São Paulo, o presidente tem dividido seu tempo entre o Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência, e a Granja do Torto, residência de campo.
Nas duas últimas semanas de 2024, entre o Natal e o Réveillon, Lula optou por permanecer mais na Granja, onde foi visto em vídeos compartilhados pela primeira-dama Janja da Silva, interagindo com animais como jabutis.
Na última sexta-feira (3), Lula cumpriu agenda na Granja, onde se reuniu com o ministro da Defesa, José Múcio, e o comandante da Marinha, almirante Marcos Olsen. Ele também teve encontros com representantes da Casa Civil e com o assessor especial Audo Faleiro, responsável por assuntos internacionais.
Evento do 8 de janeiro
A cerimônia começará às 9h30, com uma programação que inclui a entrega de obras de arte restauradas, como o relógio do século XVII, reparado na Suíça, uma ânfora portuguesa e a reapresentação do quadro “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, que foi danificado durante a invasão ao Planalto.
Após a solenidade, Lula deve descer a rampa do Palácio do Planalto acompanhado de autoridades para o “Abraço da Democracia”, na Praça dos Três Poderes. A organização desta etapa está a cargo do próprio PT.
Em uma mensagem publicada neste domingo (05), a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann (PT-PR), escreveu: “Esquecer jamais! Dois anos da tentativa de golpe de Estado e de destruição das sedes dos Executivo, Legislativo e Judiciário, promovidas por bolsonaristas”.