Diante dos sucessivos episódios de apagão, Lula citou a necessidade de a italiana Enel melhorar a qualidade do serviço prestado no Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu neste domingo (18.nov.2024) com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, no Forte de Copacabana (RJ). Foi o 3º dos 11 encontros que Lula realizará com chefes de Estado na véspera da Cúpula de Líderes do G20, que terá início na 2ª feira (19.nov).
Durante a reunião, Lula citou a necessidade de a companhia italiana Enel, considerada a maior distribuidora de energia elétrica do Brasil em número de consumidores, melhorar a qualidade das operações em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.
Em novembro de 2023, São Paulo passou por um apagão de grandes proporções que deixou a cidade e região metropolitana sem luz por 4 dias. O blecaute foi resultado do temporal registrado em diversas cidades do Estado e que deixou 7 pessoas mortas. À época, cerca de 4 milhões de pessoas ficaram sem luz.
Depois, em março deste ano, o abastecimento de energia da Enel em São Paulo foi interrompido novamente e moradores do centro da cidade ficaram sem luz. O apagão também afetou o funcionamento da Santa Casa.
Já em outubro de 2024, às vésperas das eleições municipais, um apagão de grandes proporções afetou São Paulo e região metropolitana após uma tempestade com ventos de até 107 km/h.
INVESTIMENTOS
Lula explicou as prioridades da presidência brasileira no G20 e convidou Meloni para, após sua participação no G20, fazer uma nova visita em um futuro próximo ao Brasil, promovendo um encontro empresarial entre os 2 países.
Meloni, por sua vez, disse que as empresas italianas tem planos de investir no Brasil 40 bilhões de euros, e falou sobre atualização dos acordos de parceria e cooperação econômica entre as duas nações.
Disse ainda que que são 800 mil cidadãos italianos e 30 milhões de descendentes de italianos no Brasil Trata-se da 1º viagem da chanceler italiana à América Latina.
Participaram da reunião os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, da Agricultura, Carlos Fávaro, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Também participou o assessor especial, Celso Amorim.