O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou a substituição de Paulo Pimenta, atual ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), pelo publicitário Sidônio Palmeira. A decisão foi tomada após reunião na manhã desta terça (7), no Palácio do Planalto.
Na saída da reunião, Pimenta e Palmeira deram as primeiras declarações à imprensa. “O presidente quer à frente da Secom uma pessoa com o perfil diferente do que eu tenho”, disse Pimenta. “Para mim é algo muito tranquilo estar hoje na Secom e, eventualmente, amanhã ou depois, ter outra tarefa ou função”, comentou o ministro, que anunciou ainda que entrará de férias na próxima quinta-feira (9) e só depois discutirá seu destino. “Quando eu retornar, vou ver com o presidente quais serão minhas funções”, disse o Pimenta.
O próximo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, destacou que é sua primeira experiência em um governo, e ressaltou que terá um olhar especial para a comunicação digital. “É importante que a gestão não seja analógica. É um papel e uma obrigação do governo mostrar o que foi feito”, afirmou. “Estamos começando um segundo tempo”, declarou o futuro ministro.
Na coletiva, eles informaram ainda que a transição das equipes já começou.
Críticas à comunicação
Desde o início do terceiro governo de Lula, sua comunicação vem sendo questionada pelos assessores mais próximos do presidente, entre eles, o agora ministro. “Acho que estamos perdendo”, declarou Sidônio Palmeira em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo em novembro de 2023.
Mais recentemente, o próprio Lula fez críticas públicas ao trabalho Secom. “Há um erro no governo na questão da comunicação e eu sou obrigado a fazer as correções necessárias para que a gente não reclame que não está se comunicando bem”, disse o presidente, durante um seminário organizado pela Fundação Perseu Abramo, em dezembro de 2024, em Brasília.
Àquela altura, segundo interlocutores do presidente, a troca de Pimenta à frente da Secom já era dada como certa, e o limite teria sido a estagnação dos dados relacionados à popularidade do governo que, na avaliação de Lula, não refletiram a melhora na qualidade da vida e o bom estado da economia.
Edição: Nicolau Soares