Decisão foi tomada pouco menos de 1 mês depois de o dono do jornal proibir o veículo de declarar apoio a um candidato nas eleições dos EUA
O jornal norte-americano Los Angeles Times demitiu todo o seu conselho editoral. A decisão foi tomada pelo dono do jornal, Patrick Soon-Shiong, pouco menos de 1 mês depois de proibir o veículo de declarar apoio a Kamala Harris (democrata) ou a Donald Trump (republicano) na corrida presidencial dos Estados Unidos, vencida pelo republicano.
Soon-Shiong disse que um novo conselho editorial será contratado pelo Los Angeles Times. Afirmou que a novo plano é tornar o seu veículo mais “justo” e “equilibrado”.
“Trabalharei para tornar o nosso jornal e a mídia justos e equilibrados para que todas as vozes sejam ouvidas e possamos trocar respeitosamente a visão de cada norte-americano, da esquerda, direita e centro”, declarou.
A fala se deu em referência às críticas sofridas pelo jornal norte-americano depois de sua decisão para o pleito presidencial deste ano. Críticos de Soon-Shiong dizem que ele colocou a reputação de seu jornal à prova.
Antes de demitir todo o editorial do Los Angeles Times, funcionários já estavam deixando o jornal. Mariel Garza, chefe do conselho editorial, renunciou do cargo em 23 de outubro, depois de o dono do jornal proibir declarações de apoio aos candidatos.
Ela disse que a sua saída do jornal era uma forma de “deixar claro” que não concorda com a decisão. Segundo Mariel, o conselho editorial já havia planejado declarar apoio a Kamala Harris, mas foi barrado pelo dono do jornal.
O Los Angeles Times endossava candidatos democratas em eleições presidenciais desde 2008, com Barack Obama. Neste ano, Patrick Soon-Shing, bilionário que comprou o jornal em 2018, proibiu a tradicional declaração de apoio feita pelo conselho editorial.