O presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, deputado Rafael Brito (MDB-AL), defendeu que o Senado flexibilize o projeto que proíbe o uso de celulares em escolas do país para permitir que os alunos utilizem os aparelhos durante o recreio.
Pelo texto aprovado na quarta-feira (11) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, como celulares, seria vedado durante as aulas, no intervalo e no recreio. O texto, no entanto, permite a utilização por motivos pedagógicos, acessibilidade, inclusão ou razões médicas, e também abre exceção para situações “de estado de perigo, estado de necessidade ou caso de força maior”.
Brito diz que o texto precisa ser mais discutido pelos senadores. “Se o Senado liberar o uso no recreio, eventualmente a Câmara poderia manter essa decisão. Eu mesmo trabalharei para manter.”
Para o parlamentar, o uso de equipamentos eletrônicos em sala de aula prejudica a socialização dos estudantes e atrapalha a atenção. Mas, no recreio, o aparelho pode ajudar a integrar. “Os alunos gravam vídeo juntos, veem redes sociais juntos em uma roda. Eu acho que socializa.”
Ele também afirma que cada escola deveria ter autonomia para definir o uso durante o recreio, porque algumas não têm estrutura para entreter os estudantes, como ginásio, biblioteca ou pátio. “Eu acho que foi mais importante votar do que não votar. Mas eu acho que a proibição no recreio não pode ser exigida por causa da diferença entre as escolas.”
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