Justiça derruba liminar que suspendia votação de impeachment Augusto Melo – 12/12/2024 – Esporte


O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) derrubou nesta quinta-feira (12) a liminar que suspendia a votação do impeachment do presidente do Corinthians, Augusto Melo.

A reunião do Conselho, que poderia definir o afastamento do dirigente, estava suspensa desde o dia 2 de novembro, quando os conselheiros do clube se reuniram no Parque São Jorge.

A relatora Clara Maria Araújo Xavier e os desembargadores Salles Rossi e Benedio Antonio Okuno votaram contra o agravo interno apresentado por Augusto, ou seja, a liminar provisória, não reconhecendo o pedido do mandatário. O julgamento ocorreu na 8ª Câmara de Direito Privado do TJ.

A suspensão da votação do dia 2 de novembro havia sido anunciada pelo presidente do Conselho, Romeu Tuma Júnior, opositor de Melo. Foi ele quem convocou a reunião extraordinária.

Na ocasião, seria votado um pedido de impedimento, protocolado por um grupo de 90 conselheiros, com base no que é chamado de “múltiplas irregularidades” supostamente cometidas por Augusto. As principais são relacionadas a comissões pagas na assinatura, no início do ano, do contrato de patrocínio com a empresa de apostas esportivas VaideBet.

“O Corinthians é vítima”, afirmou Augusto, em julho, em entrevista à Folha. “Desde o começo, eu sempre me coloquei à disposição. Como presidente, o que eu quero é esclarecer o mais rápido possível, mesmo porque o Corinthians é vítima. A partir do momento em que você tem um intermediário que faça alguma coisa, dali para fora o que ele faz é problema dele.”

O clube substituiu a VaideBet por outra empresa de apostas online, a Esportes da Sorte –envolvida também em investigação policial, que mira suposta organização criminosa voltada à prática de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.

O presidente do Conselho, Romeu Tuma Júnior, ainda não informou quando uma nova reunião será marcada para a votação do processo de impeachment de Augusto Melo.

Está também em tramitação uma segunda recomendação de impeachment protocolada pelo Cori (Conselho de Orientação), acatada pelo Conselho. O Cori –órgão de fiscalização formado por ex-presidentes e membros vitalícios– argumenta que não foram apresentados balanços auditados e outros documentos que deveriam ter sido entregues. O balancete do segundo trimestre foi rejeitado, e o pedido de impedimento, formalizado.



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