Janja não assume a Presidência caso Lula seja afastado – 13/12/2024 – Poder


Não é verdade que a primeira-dama, Janja, possa substituir o presidente Lula (PT) no caso de afastamento. Post com a desinformação viralizou no momento em que o chefe do Executivo está hospitalizado, mas ele continua despachando.

A Constituição Federal de 1988 impede que a primeira-dama substitua o chefe do Executivo. O artigo 79 estabelece que “substituirá o presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o vice-presidente”, que é Geraldo Alckmin (PSB).

O artigo 80 determina que “em caso de impedimento do presidente e do vice-presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal”. Ocupam os cargos, respectivamente, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o ministro Luís Roberto Barroso.

O artigo 81, por sua vez, afirma que, “vagando os cargos de presidente e vice-presidente da República, far-se-á eleição 90 dias depois de aberta a última vaga”.

A Secretaria de Comunicação Social do governo federal afirmou que o post é falso. “A Presidência da República lamenta a disseminação de boatos falsos para fins políticos”, disse a pasta.

Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma falsidade.

POR QUE INVESTIGAMOS

O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições no âmbito federal e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984. Sugestões e dúvidas relacionadas a conteúdos duvidosos também podem ser enviadas para a Folha pelo WhatsApp 11 99581-6340 ou pelo email folha.informacoes@grupofolha.com.br.

Leia a verificação completa no site do Comprova.

A investigação desse conteúdo foi feita por Metrópoles e e publicada em 12 de dezembro pelo Comprova, coalizão que reúne 42 veículos na checagem de conteúdos virais. Foi verificada por Folha, A Gazeta, Estadão e Correio do Estado.



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