“Ao contrário do que se diz, o Hamas não enviou até agora uma lista com os nomes dos reféns”, afirma um comunicado do gabinete do primeiro-ministro citado pela agência de notícias espanhola EFE.
Israel insiste que a lista dos reféns vivos e mortos é necessária para prosseguir as negociações, mas o Hamas argumenta que, sem tréguas, não pode recolher essas informações, uma vez que se encontram com vários grupos em toda a Faixa, com os quais não conseguem manter comunicação.
As delegações israelita e do Hamas retomaram as conversações no Qatar este fim de semana, depois de terem fracassado novamente no mês passado, e o chefe da Mossad, David Barnea – chefe da equipa de negociação israelita – deverá deslocar-se a Doha amanhã (segunda-feira) para prosseguir o diálogo.
Netanyahu reuniu-se esta tarde com altos ministros do seu governo, bem como com a equipa de negociação, para discutir os progressos nas conversações, que um funcionário israelita disse aos meios de comunicação social israelitas serem “promissoras”.
Vários responsáveis do Hamas referiram-se também, nos últimos dias, à direção positiva das conversações e sublinharam que estas se encontram num ponto de viragem.
Em quase 15 meses de guerra, as partes só chegaram a um acordo de tréguas de uma semana, no final de novembro de 2023, no qual foram trocados 105 reféns por 240 prisioneiros palestinianos, para além de cessarem os combates.
Dos 251 reféns capturados pelo Hamas em 7 de outubro, 96 permanecem no interior da Faixa – 34 deles confirmados como mortos -, enquanto 117 foram capturados com vida – apenas oito em operações militares – e 38 corpos foram resgatados pelas tropas no enclave.
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