Israel invade escola no norte da Faixa de Gaza em operação contra Hamas


As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram nesta quarta-feira (27) que suas tropas invadiram uma escola no norte da Faixa de Gaza, onde alegavam que integrantes do Hamas estavam.

As FDI pontuaram que tinham informações de que os combatentes estavam “operando dentro do prédio que anteriormente servia como Escola ‘Al-Harthani’” em Beit Lahia.

“As tropas operaram para eliminar terroristas em ataques aéreos e encontros próximos. Durante a operação, terroristas do Hamas dispararam mísseis antitanque do Hospital Indonésio contra as tropas das FDI”, ressaltaram.

Os militares também afirmaram que detiveram dezenas de combatentes do Hamas e os levaram para território israelense “para mais interrogatórios”.

Em declaração nesta quarta, o Hamas condenou os ataques de Israel a Beit Lahia e Jabalya, no norte de Gaza, e exigiu o fim dos “massacres e da fome”.

“O inimigo está intensificando os seus crimes de assassinato e cerco à cidade de Beit Lahia, que está sendo alvo de violentos bombardeamentos e ataques que não pararam ao longo do tempo, e exige que o nosso povo evacue e fuja dela”, disse o grupo.

Embora Israel tenha concordado com um cessar-fogo com o Hezbollah no Líbano, a sua ofensiva continua contra o Hamas em Gaza.

Entenda o conflito na Faixa de Gaza

Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.

O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

Quando o conflito estava prestes a completar um ano, a população israelense saiu às ruas em protestos contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.



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