O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, realizou nesta quinta-feira (19) seu último discurso do seu mandato como chefe da autoridade monetária. Em seu pronunciamento, afirmou que colocou seus interesses pessoais e políticos acima da institucionalidade da instituição.
“Sempre disse que ficaria até o fim do mandato, independente de qualquer tipo de pressão. Sempre disse que colocaria a institucionalidade do Banco Central acima de interesses pessoais e políticos. As decisões do Copom provam isso ao longo do tempo”, afirmou.
Campos Neto foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi pressionado a baixar a taxa básica de juros, a Selic.
A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sob comando de Campos Neto elevou a Selic para 12,25%. O comunicado também sinalizou que pode haver novos aumentos de 1 ponto percentual nas próximas duas reuniões do colegiado.
Campos Neto ficará efetivamente no cargo até sexta-feira (20). Na próxima semana, o presidente entrará em recesso e Gabriel Galípolo assumirá o cargo interinamente até tomar posse em 1° de janeiro de 2025.