Haddad defende atuação do BC para corrigir “escorregada” do dólar


Ministro da Fazenda defende medidas do Banco Central para corrigir “disfuncionalidades” no câmbio

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta 6ª feira (20.dez.2024) a atuação do Banco Central para corrigir disfuncionalidades no câmbio. A declaração foi dada durante café com jornalistas. O Poder360 foi convidado e participou do evento.

“Na minha opinião, o Banco Central deveria atuar, mas isso é uma atribuição dele. A minha opinião é que você não tem que buscar um nível, você tem que buscar o equilíbrio. Sempre que houver uma disfuncionalidade por incerteza, insegurança, seja lá o que for, que gere uma disfuncionalidade no mercado de câmbio e no mercado de juros, o Banco Central deve promover correções nesse sentido”, declarou.

A autoridade monetária está promovendo diversos leilões na tentativa de frear a trajetória de altas do dólar frente ao real. Vendeu US$ 3 bilhões em leilão extraordinário de dólares à vista nesta 6ª feira (20.dez). Cancelou outro certame que seria realizado por problemas técnicos.

Haddad disse que o BC não tem de buscar uma meta de qual é o valor do dólar adequado” nessa atuação. Afirmou que houve “problema de comunicação” no final de 2024 no governo Lula e que isso contribuiu para afetar a trajetória da cotação do dólar.

O chefe da equipe econômica mencionou “vazamentos” na véspera do anúncio do pacote fiscal, que foi detalhado em 28 de novembro.

Eis o que disse Fernando Haddad:

“Houve problema de comunicação no final do ano, o que fez com que o dólar no Brasil tivesse uma organização mais forte do que em outros países. Então, é preciso corrigir a comunicação, tomar as medidas. Porque não é só a comunicação, também tem que tomar medidas e fazer com que isso traga o câmbio, não com um patamar específico, mas com uma situação de funcionalidade.

“Acredito que os vazamentos que ocorreram na véspera do anúncio das medidas produziam um efeito deletério sobre as expectativas. E isso foi ruim, porque começou a ter que explicar depois do fato constatado que houve uma má apreensão, recepção do conjunto de medidas.”

DÓLAR COMERCIAL

O dólar comercial fechou com queda de 2,3% na 5ª feira (19.dez), cotado a R$ 6,12. A moeda norte-americana caiu pela 1ª vez depois de 5 pregões seguidos de alta.

A queda está relacionada aos 2 leilões de dólar à vista do Banco Central, que somaram US$ 8 bilhões na 5ª feira (19.dez)





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