Oito dias antes de ser fuzilado no aeroporto de Guarulhos, Vinicius Gritzbach deu uma pista preciosa ao Ministério Público. Contou que um operador do Primeiro Comando da Capital era sócio de um policial num banco digital.
Quadrilhas não têm CNPJ, nem são obrigadas a identificar seus sócios, mas os bancos digitais seguem normas do Banco Central e seus donos são identificados.
Se Gritzbach estava falando a verdade, a força-tarefa que investiga sua execução poderá chegar a um braço financeiro do PCC, com suas operações.
O crime é federal
Referindo-se à execução de Gritzbach, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que “num primeiro momento, não existe nenhuma ideia de federalizar esse caso”.
Sabe-se lá quando virá o segundo momento, mas o empresário fuzilado era um réu confesso e tinha relações milionárias com o Primeiro Comando da Capital. O combate às organizações criminosas metidas em tráfico de drogas é crime federal. Além disso, o PCC, ao contrário de alguns “bondes”nordestinos, tem jurisdição nacional.
Se o Federal Bureau of Investigation americano respeitasse melindres estaduais a máfia iria bem, obrigado.
Collor condenado
De um conhecedor dos labirintos do governo de Fernando Collor (1990-1992), ao saber que o STF manteve sua condenação a 8 anos e 10 meses de cadeia, restando-lhe apenas um recurso em liberdade:
— Ele se manda.
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