Quatro linhas do metrô de São Paulo continuarão parcialmente paralisadas nesta sexta-feira (24), após a empresa e o sindicato dos metroviários não entrarem em acordo para finalizar a greve, iniciada nesta quinta-feira (23).
Segundo o sindicato, a categoria aceitou uma proposta do Ministério Público do Trabalho (MPT), de pagamento de três parcelas no valor de R$ 2,5 mil. Cada uma corresponde à Participação nos Resultados que não teria sido paga nos anos de 2020, 2021 e 2022.
Eles aguardavam uma resposta do Metrô até às 23h desta quinta, quando o governo informou que o plano de contingência continuará em operação.
A empresa e o governo ressaltaram que a Justiça concedeu uma liminar para que 80% da operação fosse mantida no horário de pico, e ao menos 60% nos demais horários, o que dizem que não foi respeitado pelos grevistas.
Entre as reivindicações dos metroviários estão o pagamento de abono e de participação nos resultados do metrô, além da contratação de mais pessoal. A empresa diz, por sua vez, que o pagamento não seria possível, visto que a arrecadação diminuiu depois da pandemia.
Pelas redes sociais, o Metrô publicou como será o funcionamento das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata.
*FUNCIONAMENTO METRÔ | 24/03*
A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) seguirá com plano de contingência para garantir o atendimento aos passageiros nesta sexta, 24, após o Sindicato dos Metroviários votar por dar sequência à paralisação da operação. ⏩ pic.twitter.com/xp8rdesxkV— Metrô de São Paulo (@metrosp_oficial) March 24, 2023
Rodízio suspenso e ponto facultativo
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, decretou ponto facultativo nas repartições públicas da capital nesta sexta-feira (24), com exceção de serviços essenciais como Serviço Funerário, unidades de atendimento das secretarias de Saúde e Assistência Social, toda a rede municipal de ensino e a Segurança Urbana.
O governo do estado de São Paulo também decretou ponto facultativo nas repartições públicas estaduais da capital e região metropolitana nesta sexta-feira (24).
Além disso, a Secretaria de Mobilidade e Trânsito informou que o rodízio municipal de veículos continuará suspenso durante toda a sexta.
Decisão da Justiça e imbróglio
Na decisão da Justiça nesta quinta-feira, 80% dos serviços deveriam ser mantidos nos horários de pico — das 6h00 às 9h00 e das 16h00 às 19h00.
Nos demais horários, deveria haver ao menos 60% da operação. Caso essas medidas não fossem cumpridas, haverá multa diária de R$ 500 mil ao Sindicato dos Metroviários.
Durante a manhã, o Metrô anunciou que as catracas seriam liberadas, com entrada gratuita, após um acordo com o Sindicato dos Metroviários. A proposta, no entanto, colocava como condição que 100% dos funcionários retornassem ao trabalho.
O sindicato diz que o acordo não foi cumprido, enquanto o Metrô afirmou que os funcionários não voltaram totalmente aos postos de trabalho. A decisão do TRT-2 foi publicada após a troca de acusações.
Na noite desta quinta, o sindicato reafirmou que, se aceita a medida da liberação das catracas, eles voltariam à operação normal.
*com informações de Carolina Figueiredo e Marcelo Tuvuca, da CNN
*em atualização
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