Numa nota enviada à agência Lusa, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) garante que o plano de ação “está em curso, embora a ser objeto de reavaliação para que possa ser ampliado, tornando-se mais abrangente”.
“Será criada uma estratégia para a longevidade onde o plano se irá integrar. A nova orientação resulta da necessidade de dar uma resposta mais holística, que olhe para a pessoa no seu todo e que a prepare para um envelhecimento com saúde”, justifica o ministério.
Acrescenta que “todas estas questões foram comunicadas ao coordenador do Plano de Ação e Envelhecimento (…) que, entretanto, cessou funções”.
O despacho de cessação de funções foi publicado na quinta-feira em Diário da República, mas com efeitos a 31 de dezembro de 2024, no qual pode ler-se que para o atual Governo “é desejável a definição de um novo Plano”.
Defende igualmente que com um novo Plano é preciso “também um novo perfil [para] coordenador para imprimir uma nova orientação à coordenação do Plano”.
De acordo com o MTSSS, o novo coordenador “será designado a muito breve prazo”.
“Informamos ainda que estão em curso todas as atividades que resultam de fundos do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e que todas as funções internacionais que eram exercidas pelo Dr. Nuno Marques serão assumidas pelo novo coordenador”, lê-se na nota.
Na última entrevista que deu à agência Lusa, em agosto de 2024, o coordenador do Plano, Nuno Marques, que deveria manter-se até 2026, assumia que as medidas prioritárias eram o lançamento da aplicação prevenção, os transportes para acesso à saúde, a identificação dos idosos mais vulneráveis e o reforço do Complemento Solidário para Idosos.
Num balanço do plano, Nuno Marques apontava igualmente como medida estruturante a criação do centro de competências de envelhecimento ativo, com sede em Loulé, e uma equipa específica a trabalhar as medidas do plano de forma contínua e com polos em todos os distritos.
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