Decisão se deu depois da revelação de menções de propina na delação do empresário Antônio Vinicius Gritzbach, assassinado no Aeroporto de Guarulhos
O governo de São Paulo decidiu afastar o diretor do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), Fábio Pinheiro Lopes, citado na delação do empresário Antônio Vinicius Gritzbach. Outros 2 delegados, Murilo Fonseca Roque e o deputado estadual Delegado Olim (PP), também foram afastados por suspeita de envolvimento com o PCC (Primeiro Comando da Capital).
O afastamento dos policiais foi revelado pelo SBT na manhã desta 6ª feira (20.dez). Os delegados negam as acusações. Eles estão em férias e serão afastados de suas funções depois do retorno ao trabalho.
Gritzbach, morto a tiros no aeroporto de Congonhas em 9 de novembro, havia sido preso por suspeita de ligação com a organização criminosa. Em delação premiada ao Ministério Público, Gritzbach disse que foi alvo de extorsões por policiais que buscavam propina em troca de favores.
Segundo o relato, um advogado conhecido como Ramses fez uma proposta a Gritzbach para beneficia-lo em investigações da Deic em que ele era alvo. O diretor Fábio Pinheiro e os 2 delegados, Murilo e Olim, aceitaram o acordo. Os 3 afastados teriam exigido R$ 5 milhões em propina para beneficiar o delator com liberação de passaportes e entrega de bens apreendidos.
A PF (Polícia Federal) e o Ministério Público já prenderam 4 policias civis, incluindo um delegado, citados na delação de Gritzbach.