A defesa do general da reserva Mário Fernandes, preso pela Polícia Federal na terça-feira (19) por suspeita de elaborar o plano para matar o presidente Lula (PT), pediu sua transferência para Brasília.
Fernandes está detido no Comando da Primeira Divisão do Exército, no Rio de Janeiro. Em petição ao ministro Alexandre de Moraes nesta sexta-feira (22), os advogados alegam que o general tem residência fixa em Brasília.
O general Mário Fernandes foi um dos indiciados pela PF no inquérito da trama golpista na quinta-feira (21). Além dele, a corporação indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 35 pessoas.
Fernandes foi secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência no governo Bolsonaro. Segundo a PF, ele teria elaborado o planejamento operacional chamado de “Punhal Verde e Amarelo”, que previa uso de metralhadoras e explosivos e até o envenenamento de Lula e de Moraes.
Em Brasília, o Exército possui algumas celas em quartéis do CMP (Comando Militar do Planalto). Se a transferência for autorizada por Moraes, Fernandes deverá ser alocado em alguma unidade na capital federal, semelhante ao espaço em que o ex-ajudante de ordens Mauro Cid ficou detido.
“O requerente está a cumprir prisão cautelar longe de casa, afastado de suas raízes, violando tal situação os preceitos da Lei de Execuções Penais”, diz um trecho da petição obtida pela Folha.
No dia em que foi preso, a defesa de Fernandes pediu autorização para visitas da esposa e dos dois filhos. A petição ainda não foi analisada por Moraes.
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