O futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, assegurou nesta quinta-feira (19) que a autarquia monetária vai manter a taxa básica de juros, a Selic, em um patamar mais restritivo para controlar a inflação.
“Não sobra nenhuma dúvida de que o Banco Central tem um pacto claro na direção de colocar a taxa de juros em um patamar restritivo com alguma segurança. Estamos caminhando nessa direção”, afirmou.
Na última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou os juros em 1 ponto percentual, levando a Selic ao patamar de 12,25%. No comunicado, o colegiado sinalizou aumentos de 1 ponto percentual nas próximas duas reuniões.
Galípolo disse que a sinalização da política mais restritiva deve se confirmar nas próximas reuniões, já que a “barra” é alta para fazer qualquer mudança no guidance.
“O que vai acontecer dali para frente vamos ter de aguardar para ver como vai se desenrolar. Mas está bem claro de que em qual direção a gente deu esse passo na direção de caminhar para uma taxa de juros em patamar restritivo com alguma segurança”, afirmou.
No relatório trimestral da inflação divulgado pelo BC nesta quinta-feira (19), a instituição sinalizou que a probabilidade de estourar a meta de inflação em 2024 é de 100%. A meta é de 3%, podendo chegar a 4,5%, considerando o intervalo de tolerância.