O relatório final do “inquérito do golpe”, feito pela Polícia Federal (PF), indica que um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” seria montado após a concretização de um golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
Segundo a PF, as provas colhidas mostram que o golpe aconteceria no dia 15 de dezembro de 2022, quando uma equipe de militares das forças especiais executaria ordem de “prisão/execução” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Então, no dia 16 de dezembro, seria criado o gabinete de crise, “formado em quase a totalidade por militares, sob comando dos generais [Augusto] Heleno e Braga Netto, havendo poucos civis, dentre eles, Filipe Martins”.
Braga Netto foi ministro do governo Bolsonaro e seu candidato a vice na eleição presidencial de 2022. Heleno era ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e Martins, assessor da Presidência.
Nesta terça-feira (26), Moraes enviou o inquérito para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e retirou sigilo do documento.
A CNN tenta contato com os citados no relatório.
PF: Bolsonaro planejou, atuou e teve domínio de atos visando golpe
A PF concluiu com as investigações que o ex-presidente Jair Bolsonaro “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva” dos atos realizados por uma organização criminosa que buscou dar um golpe de Estado no Brasil.
O relatório concluiu que Bolsonaro “tinha plena consciência e participação ativa” na prática de “atos clandestinos” visando o golpe.
A corporação pontuou ainda que a ação não foi concretizada “por circunstâncias alheias à sua vontade”.
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