Furto de fios obriga escola de SP a ter aula só enquanto há luz solar


Escola Estadual Marechal Deodoro, no Bom Retiro, e alvo de furtos de fios, e deste então a escola ficou no escuro

Bruno Lucca

São Paulo, SP

Escola Estadual Marechal Deodoro, no Bom Retiro, e alvo de furtos de fios, e deste então a escola ficou no escuro. A unidade, que recebe alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, continua com as aulas, mas todas precisam ser enquanto há luz solar.

A Seduc (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo) diz ter iniciado a contratação da empresa que vai fazer o reparo, para o qual será necessário um investimento de cerca de R$ 97 mil. Até agora, segundo a pasta, foram realizados apenas reparos iniciais.

O caso não é isolado. No Grajaú, zona sul de São Paulo, a Escola Estadual Samuel Wainer teve fios elétricos furtados em duas ocasiões na última semana. Sem luz, as aulas dos ensinos fundamental 1 e 2 e do ensino médio foram canceladas nesta segunda (20).

A Seduc diz auxiliar a gestão da escola na elaboração de um plano de reposição das aulas canceladas. A unidade usará a verba do PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) paulista para serviços de manutenção.

O primeiro furto ocorreu na madrugada da última sexta (17), e o segundo, na noite de domingo (19). Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), as ocorrências foram registradas no 101º DP (Jardim das Imbuias), que instaurou inquérito para identificar o autor do crime e recuperar o material furtado.


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Ainda segundo a Seduc, a Enel foi acionada para reestabelecer a energia elétrica, e na manhã de terça (21) os alunos puderam frequentar normalmente a instituição.

Cláudio Silva, 17, aluno do 3° ano do ensino médio na Samuel Wainer, contou que, na sexta-feira, todos assistiram às aulas no escuro até as 15h, quando não era mais possível enxergar os quadros.

“Não avisaram, então todo mundo foi estudar. Situação péssima. Tivemos que passar boa parte do dia sem coisas básicas, como ventiladores funcionando”, disse.

Funcionários da escola, que não quiseram se identificar, afirmam ter medo de novos furtos e invasões, pois, segundo eles, a escola está localizada em uma área pouco segura.


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