FPE espera que caso não seja avalanche contra o Brasil


Presidente da frente, o deputado Joaquim Passarinho (PL-PA) diz que o grupo prepara nota para protestar contra posicionamento inicial do CEO da empresa sobre não comprar mais carnes do Mercosul

O presidente da FPE (Frente Parlamentar do Empreendedorismo), deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), disse nesta 3ª feira (26.nov.2024) que o grupo está preparando uma nota para protestar contra o posicionamento do Carrefour de não comprar mais carnes do Mercosul. O congressista criticou a ação da rede francesa de supermercados.

“Não houve nenhum tipo de justificativa plausível para isso e a gente espera que não seja o início de uma avalanche de outras empresas, principalmente europeias contra empresas do Brasil”, declarou durante almoço promovido pela FPE.

Passarinho também disse avaliar que esse assunto não “vai prejudicar o Brasil”, mas reforçou uma preocupação com o caso. “Politicamente, o Brasil vai reagir, se nada for feito”, declarou.

O deputado paraense também mencionou iniciativas na Câmara para reciprocidade econômica, em linha com o que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), havia sinalizado na 2ª feira (25.nov).

O deputado alagoano chamou a decisão do Carrefour na França de interromper a compra de carnes do Mercosul de “protecionismo europeu” contra o Brasil e disse que pautará propostas de “reciprocidade econômica entre os países”.

RETRATAÇÃO

O CEO mundial do Carrefour, Alexandre Bompard, escreveu carta com retratação sobre às críticas feitas à carne brasileira. O documento, segundo informações do portal Neofeed, foi entregue pelo embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e a assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eis a íntegra do texto (PDF – 70 kB).

Na 4ª feira (20.nov), Bompard disse que não iria mais comprar proteínas do Brasil porque os produtos não atendem as exigências e as normas de qualidade exigidas pelo governo francês. A decisão afeta exclusivamente a rede de mercados na França.

Outros estabelecimentos da marca não vão parar de vender a carne sul-americana.


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