Segundo o FMI, uma recuperação gradual da economia ucraniana é esperada nos próximos trimestres, à medida que a atividade se recupera
O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou um acordo determinando o envio de aproximadamente US$ 15,6 bilhões para a Ucrânia, com o objetivo de apoiar a estabilidade fiscal e financeira, além de ajudar na reconstrução pós-guerra. O acordo inclui uma série de políticas financeiras e macroeconômicas que devem receber suporte durante 48 meses por meio do Fundo de Facilidade Estendida (EEF, na sigla em inglês) do FMI.
Em nota, a instituição afirma que o acordo reflete o “compromisso contínuo” em apoiar a Ucrânia e que o mesmo deve ajudar a mobilizar financiamento em larga escala de doadores e parceiros internacionais.
A execução do acordo deve acontecer em duas partes. Na primeira, com duração prevista de 12 a 18 meses, o governo ucraniano deverá fortalecer a estabilidade fiscal, financeira, externa e de preços com medidas como mobilização de receita, eliminação do financiamento monetário, avaliação da saúde do setor bancário, entre outras. Já a segunda fase consistirá em expandir essas ações para garantir estabilidade macroeconômica, apoiar recuperação e iniciar o mais cedo possível a reconstrução do país.
Segundo o FMI, uma recuperação gradual da economia ucraniana é esperada nos próximos trimestres, à medida que a atividade se recupera dos danos severos de infraestrutura, embora ainda exista o risco de expansão do conflito. A equipe da instituição projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) da Ucrânia neste ano pode variar entre recuo de 3% a avanço de 1%, considerando que o país enfrenta grandes incertezas.
Estadão Conteúdo