Festas em buffets infantis fazem a ‘cabeça’ dos pré-adolescentes


Como mãe de uma pré-adolescente de 13 anos me surpreendi quando comemoramos o aniversário dela recentemente. Diante dessa situação nova, fui atrás de respostas porque antigamente ouvíamos que as crianças queriam fazer festa em buffet infantil até os 10 anos, lembra disso? Pois bem, a realidade mudou (e que bom). Antes aversos às comemorações com familiares e amigos, eles agora ajudam a engordar a fatia de festas e eventos do Brasil porque simplesmente amam a nostalgia.

Quando falamos de jovens a partir dos 11 anos, pegamos duas gerações chamadas de “Z” e “Alfa”. A primeira é do grupo nascido entre a segunda metade dos anos 1990 e o início de 2010, o que caracteriza uma nova relação com a tecnologia e o universo digital. Já a geração Alfa abrange os nascidos a partir de 2010 e é chamada de população de nativos digitais, ou seja, são os “hiperconectados” e independentes, mas é aí que mora a grande questão. Curiosos, eles dão importância aos relacionamentos e vivências fora das telas, ou seja, dão importância à conexão com os amigos e daí vem o apreço pela nostalgia. Sim, eles são capacitados pela tecnologia, mas mostram que não dependem dela. E curiosos, se entregam a novas experiências e foi esse fenômeno que pude acompanhar na comemoração de aniversário a que me refiro no início do texto.

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Para Reinaldo Faga, sócio-proprietário do Buffet Cata-Vento Unidade São Caetano, essa realidade é mostrada a cada evento. “A procura por festas após os 10 anos em nossa rede é constante e crescente e percebemos, ao realizar cada comemoração, mais envolvimento tanto dos jovens nessa faixa etária quanto inclusive dos seus pais e parentes. Brinco que parece que abrimos um portal em que as gerações se conectam e se permitem, ao ver grupos de divertindo com brincadeiras que fizeram a infância feliz lá atrás”, comenta.

É claro que a escolha do local para a festa em si precisa proporcionar essa interação, por isso, o empresário investiu em um arsenal de brinquedos que atende a todos os gostos. “A diversão é um dos nossos diferenciais já que temos atrações para todas as idades, ou seja, a maioria dos brinquedos e ações podem ser vivenciadas por pré-adolescentes e adultos, tornando a comemoração ainda mais especial. São mais de mil metros quadrados com atividades para toda a família, com destaque para o arvorismo com tirolesa que suporta uma pessoa de até 90 quilos por vez ou o cinema 6D que diverte de 2 a 80 anos”, brinca.

Quando questionei Lara sobre o grande marco de entrar para a pré-adolescência e sobre onde ela gostaria de comemorar, ouvi a seguinte frase: “sendo um lugar legal em que a gente possa brincar, se divertir, comer e com música, vou adorar” e foi isso o que aconteceu. De todos os aniversários que já realizei pra ele, este foi o que mais vi minha menina inserida, brincando em cada atração e sorrindo. E isso chamou minha atenção e a dos convidados. Até o piquenique, que geralmente é promovido pelos buffets parando as atividades, com mesas para pequenos no meio do espaço e direito a mini burger, fritas, hot-dog, sucos e salgadinhos eles curtiram e nem se importaram em mostrar que estavam amando. O que mais chamou a atenção? Era um mix de crianças de 2 a 16 anos se divertindo juntas, sorrindo, comendo e vivendo o momento, sem se importar com mais nada (basta olhar a foto) pra entender que todos, sem exceção, se mostraram inseridos.

Após acompanhar a cena, fui conversar com o proprietário do local, que disse que esse comportamento é cada dia mais frequente. “Sempre perguntamos para a família se querem que façamos a hora do piquenique ou não e é difícil ouvir uma negativa, diria que quase nunca existe. Isso demonstra que ainda vivemos apreciando a conexão e relações humanas e claro, comida boa em um espaço seguro e repleto de amigos é sinal de felicidade e a equipe se envolve nisso, afinal, nosso trabalho é realizar sonhos”, fala Faga.

Respeitando todas as gerações, o Cata-Vento segue também outra tendência no segmento de festas: oferece espaços distintos para convidados em mesas aconchegantes em que as famílias podem conversar e ao mesmo tempo curtir a festa, com serviço volante de comes e bebes e fachada fechada e moderna, mais discreta e com conforto acústico. “No espaço das mesas deixamos uma trilha sonora bem mais baixa para que os convidados fiquem à vontade, sem interferir nas atividades e brincadeiras dos outros espaços já que, visualmente, os convidados acompanham tudo o que está acontecendo no espaço, praticamente”.

É, pelo que pude entender ainda existe um pingo de esperança sobre essa nova geração. Ao fim da festa todos questionavam a aniversariante sobre como seria a comemoração dos 15 anos dela e, pronta, ela respondeu: “Eu não quero ostentação de nada, não preciso provar nada pra ninguém. Nos meus 15 só quero um lugar legal com música boa e comida e estar com meus amigos e a família e assim estarei feliz”. A prova de que isso vem mudando é que o Buffet já abrigou várias festas de 15 anos nesse formato. E que felicidade ouvir essas palavras da minha filha e a declaração do empresário sobre a crescente! Ainda há esperança! Ufa!



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