Na China, ministro apresenta novas linhas de crédito do Plano Safra para práticas socioambientais, o que pode abrir mais espaço para a Cofco
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reuniu-se nesta 6ª feira (24.mar.2023) com a cúpula da Cofco, maior empresa chinesa de investimentos no agronegócio brasileiro. O encontro foi realizado na sede da companhia, em Pequim, capital da China.
Na reunião, o ministro enfatizou a ampliação da parceria comercial entre os 2 países e a retomada do que chamou de “relações fraternais”.
O ministro também apresentou as novas linhas de crédito que serão lançadas no programa ABC do Plano Safra de 2023 e 2024, que terá juros mais atrativos para quem investir em práticas socioambientais.
Nas conversas, houve a sinalização de que o grupo chinês poderá atuar em parcerias privadas, sob coordenação do Ministério da Agricultura, para a recuperação de pastagens degradadas. Representantes da Cofco deverão visitar o Brasil em breve para seguir nas negociações.
De acordo com o ministério, as operações da Cofco no Brasil representaram a exportação de 33 milhões de toneladas de produtos, num total de US$ 5,4 milhões de investimentos. A empresa é a 5ª maior importadora de milho, 6ª de soja e 7ª de açúcar. Tem, hoje, 7,2 mil funcionários no Brasil, o que representa 60% dos empregados da empresa fora da China.
Além do agronegócio, a Cofco tem ampliado investimentos em infraestrutura logística no Brasil. Um dos focos da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China na próxima semana é justamente atrair mais investimentos chineses para o setor.
A gigante chinesa está investindo U$ 300 milhões na reforma e ampliação de terminal comprado no leilão do Porto de Santos para ampliar a capacidade de transporte de grãos.
Segundo o ministério, a Cofco demonstrou, durante a reunião com Fávaro, o interesse em ampliar a relação com foco em economia verde e de baixo carbono.
Pelo lado brasileiro, participaram também da reunião:
- o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa;
- o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart;
- o secretário-adjunto de Relações Internacionais, Fernando Zelner;
- o assessor especial Carlos Ernesto Augustin;
- o chefe de gabinete, Wilson Taques;
- o adido agrícola da Embaixada do Brasil, Fábio Araújo;
- a diplomara da seção de agricultura, Ana Prates; e
- o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, André Nassar.