Após queda histórica durante a pandemia, longevidade brasileira aumenta, mas desigualdades de gênero persistem
Em 2023, a expectativa de vida ao nascer no Brasil foi de 73,1 anos para os homens e 79,7 anos para as mulheres, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE divulgados nesta sexta-feira (29). Em comparação ao ano anterior, a média de vida dos brasileiros aumentou para 76,4 anos em ambos gêneros.
A análise da Tábua de Mortalidade 2023, revela que a sobremortalidade masculina é mais acentuada entre jovens de 15 a 29 anos. Homens na faixa etária de 20 a 24 anos enfrentam 4,1 vezes mais chances de não alcançar os 25 anos em relação às mulheres. As principais causas dessa mortalidade precoce estão ligadas a fatores como homicídios, acidentes de trânsito, quedas acidentais, afogamentos e suicídios. Desde a década de 1980, a sobremortalidade entre adultos jovens do sexo masculino tem aumentado, um fenômeno associado à urbanização e ao crescimento das causas externas de morte.
Por outro lado, a mortalidade feminina na faixa etária reprodutiva, que abrange mulheres de 15 a 49 anos, apresentou uma queda significativa entre 1940 e 2023. Em 1940, 77.777 de cada 100 mil nascidas vivas chegavam a essa fase da vida, enquanto em 2023 esse número aumentou para 98.426. Essa evolução é um indicativo de melhorias nas condições de saúde e acesso a serviços médicos para as mulheres.
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Essas informações são fundamentais não apenas para entender a dinâmica demográfica do país, mas também para a formulação de políticas públicas. “Com a diminuição generalizada dos níveis de mortalidade, fica evidente a importância do papel da fecundidade na regulação do volume populacional brasileiro, já que a grande maioria das mulheres que nascem vão iniciar e completar o período reprodutivo tendo, portanto, a oportunidade de ter todos os filhos que desejarem”, aponta Izabel Marri, gerente de estudos e análises da dinâmica demográfica do IBGE.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Victor Oliveira