O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu um executivo do mercado financeiro e um funcionário de carreira negro do Banco Central para as duas vagas abertas na diretoria da autoridade monetária.
Lula concordou com as sugestões feitas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e apresentará os nomes ao Senado Federal.
Ele indicará Rodolfo Fróes para a diretoria de política monetária e Rodrigo Monteiro para a diretoria de fiscalização do BC.
Graduado em Administração pela PUC Rio, Fróes tem longa experiência no mercado, incluindo passagens pelo Bank of America e pela Ritchie Capital Management.
Também chegou a compor o conselho de administração do Banco Fator junto com o atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, que presidia o colegiado.
Sua escolha deve afastar o receio do mercado, que temia a escolha por Lula de um economista heterodoxo, de perfil menos liberal, no estilo de André Lara Resende, cujos textos e pronunciamentos têm chamado a atenção do presidente.
Para a área de fiscalização, Lula seguirá a tradição e indicará um servidor do próprio BC, caso de Monteiro. Ele é negro, o que confere caráter de diversidade racial à diretoria da instituição monetária.Sua escolha foi celebrada no banco.
O corpo técnico e administrativo do banco estava preocupado em perder a indicação para algum nome de mercado.
“Parabenizamos o governo e achamos que foi uma indicação correta, por se tratar de funcionário de carreira que trabalha há longos anos na área de fiscalização”, afirmou Fábio Faiad, presidente do sindicato nacional de servidores do BC.
Faiad também declarou apoio ao novo decreto, assinado nesta terça-feira por Lula, que estabelece mínimo de 30% de comissionados negros.
Para ele, a indicação de Rodrigo Monteiro segue a mesma linha e marca pluralidade.
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