Segundo Janaína Lima, a reforma do local foi custeada com “recursos próprios”; disse achar a repercussão do caso “lamentável” e “maldosa”
A ex-vereadora de São Paulo Janaína Lima (PP) justificou, em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, a remoção de um vaso sanitário e de uma pia do gabinete que ocupava na Câmara Municipal até o final de 2024, quando terminou o seu mandato. A retirada, realizada por assessores, foi registrada por câmeras internas. A ex-vereadora foi criticada nas redes pelo episódio.
No vídeo, ela afirmou que a reforma do local foi custeada com recursos próprios e que os itens não estavam incluídos no memorial patrimonial descritivo recebido quando assumiu o espaço, em 2016. Segundo a ex-vereadora, a remoção ainda ocorreu após consulta jurídica, já que “a parte hidráulica da Câmara é sensível”. Ela afirmou que o vaso sanitário foi descartado ou destinado a “quem necessitava”.
Em sua fala, Janaína ainda citou situações em que não pediu reembolso de gastos próprios para atividades como vereadora. Segundo ela, o custeio de gastos proporcionou uma economia de quase R$ 9 milhões em verbas indenizatórias e de gabinete. “Nunca reembolsei gasolina, Uber ou carro alugado. Só com esses itens economizei mais de R$ 300 mil”, disse.
Segundo Janaína, elementos como vidros antiacústicos, luminárias, azulejos e bancadas foram mantidos no local, enquanto os equipamentos hidráulicos foram removidos por serem adquiridos com recursos próprios.
Ela criticou a repercussão do caso e afirmou que a narrativa de que teria se apropriado do patrimônio é “lamentável” e “maldosa”. No vídeo, ela defendeu sua atuação como vereadora e disse ser comprometida com o uso responsável do dinheiro público.
Assista (3min28s):
O gabinete deixado por Janaína agora é ocupado pelo vereador Adrilles Jorge (União Brasil), ex-participante do reality show “Big Brother Brasil”. Ao G1, ele disse que vai levar o caso para a presidência da Câmara Municipal de São Paulo e pedir que sejam instalados um novo vaso sanitário e uma pia.
O recém-eleito presidente da Câmara, Ricardo Teixeira (União Brasil), declarou que nunca havia sido registrado um caso como esse na Câmara Municipal de São Paulo. Ele afirmou que a Mesa Diretora vai avaliar como proceder.