Paiva foi afastado depois de acusações de assédio sexual e moral e perdeu acesso às instalações da entidade
Rodrigo Paiva, ex-CBF (Diretor de Comunicação da Confederação Brasileira de Futebol), foi demitido por justa causa. A demissão foi na noite da 4ª feira (18.dez.2024). Ele é acusado de assédio sexual e moral envolvendo uma ex-diretora da entidade. Paiva, que ocupava o cargo desde julho de 2020, não apresentou defesa perante a Comissão de Ética da CBF nem à Justiça do Trabalho. Está agora impedido de acessar as instalações da Confederação. A CNN divulgou a informação na 5ª feira (19.dez.2024).
A decisão judicial, proferida pelo juiz Leonardo Almeida Cavalcanti do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região em 2 de agosto de 2024, detalhou as acusações contra Paiva.
O juiz analisou diálogos via WhatsApp entre Rodrigo Paiva e a ex-diretora, Luísa Xavier. “Valendo-se da ideia de que era um amigo dela, tentava seduzi-la e buscava a todo momento uma aproximação além do contato meramente profissional”, disse o juiz. Além disso, o magistrado condenou o comportamento do ex-diretor, afirmando que sua conduta era incompatível com a postura profissional esperada.
O juiz também fez referência ao Protocolo Para Julgamento com Perspectiva de Gênero, ressaltando que qualquer investida não consensual configura violência sexual. “A fala do Sr. Rodrigo Paiva reflete a misoginia da sociedade, na qual a mulher é objetificada e relegada a um papel que se presta apenas à satisfação do prazer do homem”, disse.
Rodrigo Paiva já esteve envolvido em outras polêmicas, sendo conhecido como braço direito de 3 ex-presidentes da CBF condenados por crimes de corrupção e banidos do futebol pela Fifa: Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero. Foi punido pela Fifa por agredir o jogador da Seleção do Chile, Maurício Pinilla, durante a Copa do Mundo de 2014.
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