O coronel Flávio Botelho Peregrino foi um dos alvos da Polícia Federal (PF) na operação que prendeu o general Walter Braga Netto neste sábado (14).
Agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na residência de Peregrino, em Brasília.
Ele foi citado no inquérito que apura uma tentativa de golpe de estado depois que os agentes encontraram consigo, na sede do PL, um documento que seria uma espécie de “perguntas e respostas” sobre a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).
Oficial do Exército
Peregrino se formou na Academia Militar das Agulhas Negras — escola de oficias do Exército — em 1989. Três anos depois, se tornou instrutor em educação física pela Escola de Educação Física do Exército.
Em 1997, concluiu o mestrado na Escola de Aperfeiçoamento do Exército.
Presidência
Durante o governo Bolsonaro, Peregrino atuou em diversas áreas do Executivo. Em 2019, o coronel foi mandado para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), à época comandado pelo general Augusto Heleno, e atuou como assessor militar.
Em março de 2020, o militar foi nomeado assessor-chefe de Comunicação Social da Casa Civil, que tinha Braga Netto como ministro.
Após 31 anos como oficial, entrou para a reserva remunerada da força armada em agosto de 2020.
Em abril de 2021, Peregrino foi nomeado assessor especial do Ministério da Defesa, que passou a ter Braga Netto como chefe da pasta. Em novembro, passou a ser assessor especial de Comunicação Social.
Posteriormente, em abril de 2022, passou a ser assessor na Secretaria-Executiva da Casa Civil. À época, Braga Netto deixou seu cargo na Defesa para disputar a eleição daquele ano como vice na chapa de Bolsonaro.
Três meses depois, ele foi exonerado do cargo.
Câmara do DF
Em agosto deste ano, o coronel foi nomeado no gabinete do deputado distrital Thiago Manzoni (PL) na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
De acordo com o parlamentar, o militar reformado auxilia na assessoria de comunicação.
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