De acordo com sindicato, empresa americana atinge recordes no lucros, enquanto categoria não é devidamente recompensada
Na última quinta-feira (19), trabalhadores de sete centros de distribuição da Amazon nos Estados Unidos decidiram entrar em greve, poucos dias antes do Natal. A paralisação envolve milhares de funcionários e motoristas terceirizados em locais estratégicos como Nova York, Atlanta e São Francisco. Segundo o sindicato que representa cerca de 10.000 trabalhadores, esta é a maior greve já realizada contra a gigante do comércio eletrônico.
A principal reivindicação dos grevistas é a obtenção de melhores salários e benefícios. O sindicato destaca que, apesar dos lucros recordes da Amazon, que nos primeiros nove meses de 2024 alcançaram 39,2 bilhões de dólares, mais que o dobro do registrado no ano anterior, os trabalhadores não estão sendo devidamente recompensados. Sean O’Brien, presidente do sindicato, afirmou que eventuais atrasos nas entregas durante as férias podem ser atribuídos à “ganância insaciável” da empresa, que se recusa a compartilhar seus lucros crescentes com aqueles que são a espinha dorsal de suas operações.
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A greve ocorre em um momento crítico para a Amazon, que enfrenta um aumento significativo na demanda por entregas devido às compras de fim de ano. A empresa, que tradicionalmente se prepara para um dos períodos mais movimentados do ano, agora se vê diante de um desafio logístico ainda maior. A paralisação dos trabalhadores pode impactar diretamente a capacidade da Amazon de cumprir com os prazos de entrega, afetando milhões de consumidores que dependem da empresa para suas compras natalinas. Apesar de o sindicato ter manifestado abertura para negociações, a Amazon ainda não respondeu às demandas dos trabalhadores.
*Com informações de Bruno Meyer
*Reportagem produzida com auxílio de IA