O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou nesta quinta-feira (16) o uso de desinformação por engajamento nas redes sociais. O senador apontou que, enquanto alguns plantam mentiras, muitas pessoas trabalham efetivamente para resolver os problemas do Brasil.
“Enquanto alguns se ocupam de plantar desinformação, de plantar mentiras, de ter adesão a partir do discurso fácil de engajamento das redes sociais, há muitas pessoas trabalhando para que este país resolva realmente seus problemas”, afirmou Pacheco durante a cerimônia de sanção da regulamentação da reforma tributária.
“Enquanto há muitas pessoas fazendo discurso e tendo engajamento a partir da premissa falsa da desinformação e da inverdade, há pessoas trabalhando para que esse país possa superar as suas dificuldades”, reforçou.
Pacheco lembrou que a reforma tributária também foi alvo de “movimentos de desestabilização e inverdades”, mas reforçou que a “verdade sempre prevalece e prevaleceu no caso da reforma”.
A declaração do senador pode ser vista como um aceno ao presidente Lula (PT), após o Executivo revogar, nesta quarta (15), o ato normativo da Receita Federal que previa a ampliação da fiscalização de transferências via Pix. Dentro do governo, existe o entendimento de que houve disseminação de fake news sobre o tema.
“Por mais difícil que seja o caminho e a jornada, a reforma tributária sofreu muito ao longo desse tempo, de inverdades, de mentiras, de movimentos de desestabilização, mas a verdade sempre prevalece e a verdade prevaleceu na reforma tributária tanto que a estamos a entregar hoje com a sanção pelo presidente Lula”, disse Pacheco.
Lula diz que governo não pode ter medo de enfrentar mentiras
Na mesma linha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quinta-feira (16) “pessoas travestidas de políticos” que divulgam fake news nas redes sociais e defendeu que é preciso “enfrentar a mentira” sem “medo”.
“Nós não temos que ter medo de enfrentar a mentira. Não temos que ter nenhuma preocupação em enfrentar essas pessoas travestidas de políticos que, na verdade, tentaram dar um golpe neste país dia 8 de janeiro de 2022”, disse Lula durante a solenidade de sanção da regulamentação da reforma tributária.
“Não temos que ter medo de fazer um debate, fazer a disputa. Porque se a gente perde, o sistema democrático está correndo um risco no mundo inteiro, a gente vai voltar, coisa que não estamos querendo voltar, ao fascismo, ao nazismo, ao desrespeito aos direitos humanos”, acrescentou o presidente.
Além disso, a AGU solicitou à Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, que apure “práticas abusivas nas relações de consumo que ocasionaram a aplicação de golpes”.
As novas regras da Receita Federal ampliavam o monitoramento de transferências Pix acima de R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. Nos últimos dias, o Fisco chegou a esclarecer que a fiscalização não geraria tributação aos usuários do pagamento instantâneo, mas o governo acabou desistindo da medida.
“Nos últimos dias pessoas inescrupulosas distorceram e manipularam um ato normativo da Receita, prejudicando muita gente no Brasil, causando pânico, principalmente na população mais humilde. Apesar de todo nosso trabalho, infelizmente, esse dano é continuado. Por isso, decidi revogar esse ato”, disse o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, ao anunciar a revogação.