Vistoria do Ministério Público aponta falta de investimentos de 2020 a 2022, causando falhas na distribuição de energia
A Enel São Paulo, concessionária de distribuição de energia elétrica na capital e em 24 municípios da região metropolitana, enfrenta críticas depois de uma vistoria do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) mostrar que a empresa deixou de investir R$ 602 milhões em sua infraestrutura de 2020 a 2022.
A informação foi divulgada nesta 2ª feira (14.out.2024). O parecer técnico, baseado em dados oficiais e vistorias em São Paulo e Diadema nos primeiros meses de 2024, indicou falhas no sistema de distribuição de energia e prejuízos aos consumidores. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Em resposta, a Enel anunciou um plano de investimento de R$ 2,2 bilhões para melhorias das redes, novas conexões e manutenção, sem comentar especificamente sobre as falhas apontadas.
O fornecimento de energia elétrica na Grande São Paulo continua interrompido para 340 mil clientes nesta 2ª feira. O número foi atualizado pela distribuidora de energia Enel no início da noite.
A Enel São Paulo atende uma área de 4.526 km², com 163 subestações e 42.000 km de redes de transmissão, abastecendo cerca de 8,2 milhões de usuários.
A prefeitura de São Paulo solicitou à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) o andamento do processo de caducidade de concessão da Enel, visando contratar outra empresa para o serviço. A decisão sobre a rescisão da concessão cabe ao MME (Ministério de Minas e Energia).
Em 19 de setembro, a Enel e a Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo) discutiram ações de curto e longo prazo para a resiliência da rede. A distribuidora informou que dobraria o número de podas preventivas, de 325 mil em 2023 para 600 mil por ano, preparando a rede para os eventos climáticos severos previstos para o verão de 2025.