Uma delegação do alto escalão dos Emirados Árabes Unidos esteve no Líbano nesta segunda-feira (13) para fazer arranjos sobre a reabertura da embaixada do Estado do Golfo Árabe em Beirute após mais de três anos, informou a agência de notícias estatal WAM.
Os EAU retiraram diplomatas do Líbano e fecharam a embaixada em outubro de 2021, alinhando-se com a Arábia Saudita depois que o então ministro da informação do Líbano criticou o envolvimento da coalizão liderada pelos sauditas no Iêmen.
O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita na época apontou para o domínio do Hezbollah sobre a política libanesa. A maioria da liderança do grupo foi morta desde então e muitas fortalezas no Líbano estão em ruínas após a guerra de mais de um ano com Israel.
A delegação chegou no domingo (12), um dia após o presidente dos EAU, Sheikh Mohammed bin Zayed Al Nahyan, e o recém-eleito presidente libanês, Joseph Aoun, concordarem em tomar as medidas necessárias para reabrir a embaixada.
“A reabertura reflete o interesse dos Emirados Árabes Unidos em apoiar a estabilidade e o desenvolvimento no Líbano, e seu firme compromisso em fornecer suporte abrangente ao povo libanês em vários setores“, declarou o Ministério das Relações Exteriores do país.
Aoun afirmou que países como os Emirados e a Arábia Saudita estão abertos a restabelecer laços diplomáticos, disse o vice-presidente do parlamento libanês Elias Bou Saab em um discurso televisionado.
“Os Emirados Árabes Unidos reabrirão a embaixada muito em breve. Portanto, há esperança de começarmos uma nova página no Líbano”, exclamou Bou Saab.
O Líbano concordou na semana passada em extraditar Abdul Rahman al-Qaradawi, filho do falecido clérigo muçulmano Youssef al-Qaradawi, para os EAU.
Um turco-egípcio, ele foi preso no Líbano após comentários críticos sobre os Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Egito em um vídeo online, conforme seu advogado e a Anistia Internacional.