Decisão foi tomada por unanimidade entre os governadores do NDB em assembleia na manhã desta 6ª feira
A Assembleia de Governadores do NDB (Novo Banco de Desenvolvimento) elegeu por unanimidade a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) para o comando do banco na manhã desta 6ª feira (24.mar.2023).
A petista chefiará a equipe operacional do banco do Brics e deve conduzir, sob a orientação dos diretores, os negócios da entidade. Dilma foi indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A ex-presidente foi indicada pelo presidente Lula para assumir a função. O sistema de comando do banco é rotativo e a cada 5 anos cada um dos sócios-fundadores indica um presidente para a instituição.
Dilma substituirá o indicado de Jair Bolsonaro (PL), Marcos Troyjo, que assumiu em 2020 e ficaria até 6 de julho de 2025. Mas houve um processo consensual entre todos os sócios do banco e ele deixará a instituição em 24 de março de 2023.
Com a vitória de Lula na eleição presidencial de 2022, o atual governo brasileiro iniciou um processo de consultas com os sócios do Banco dos Brics e indicou o nome da petista para ser a nova líder da instituição. A ex-presidente poderá assumir imediatamente o posto em Xangai.
Inicialmente, Lula embarcaria para a China no sábado (25.mar.2023) para uma visita de 4 dias. No entanto, o presidente foi diagnosticado com pneumonia leve e adiou sua ida. A previsão inicial é que o chefe do Executivo estivesse em Xangai para participar da cerimônia formal de posse da ex-presidente no NDB.
O NDB, mais conhecido como banco do Brics, tem sede em Xangai, na China, e foi criado em 2015, tendo como vice-presidente o economista Paulo Nogueira Batista Jr. A instituição serve como alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional.
O banco serve como fonte para empréstimos, financiamentos e assistências técnicas para projetos de países integrantes do bloco econômico e demais países em desenvolvimento.
O Brasil teve 9 projetos aprovados pelo banco do Brics e recebeu R$ 4,4 bilhões em empréstimos. O valor mais alto de R$ 1,2 bilhão foi para projeto de infraestrutura sustentável do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).