Durante período de janeiro a junho deste ano, foram desmatados mais de 20 mil hectares, em contraste com os mais de 47 mil registrados no mesmo período de 2023
Segundo dados divulgados pelo Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD), o desmatamento da Mata Atlântica teve uma redução significativa de 55%. No período de janeiro a junho deste ano, foram desmatados mais de 20.000 hectares, em contraste com os mais de 47.000 hectares registrados no mesmo período do ano anterior. Apesar dessa diminuição expressiva, a situação ainda é considerada alarmante pela SOS Mata Atlântica, uma vez que a área destruída equivale a cerca de 20.000 campos de futebol. A meta de zerar o desmatamento ainda é um grande desafio.
De acordo com o diretor executivo da Fundação SOS Mata Atlântica, Luis Fernando Guedes Pinto, a redução no desmatamento é atribuída a uma série de fatores, incluindo o fortalecimento do Ministério do Meio Ambiente com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Além disso, a implementação de políticas públicas eficazes, como a intensificação da fiscalização, tem desempenhado um papel crucial. No entanto, a impunidade dos crimes ambientais continua sendo um grande obstáculo para alcançar a meta de zerar o desmatamento e cumprir as metas estabelecidas para a preservação da Mata Atlântica.
“Para o Brasil cumprir os compromissos firmados no Acordo de Paris, devemos alcançar o desmatamento zero em todos os biomas até 2030. A Mata Atlântica tem o potencial de ser o primeiro bioma brasileiro a fazer isso, com a chance de se tornar uma referência para o país e para o mundo no combate às crises ambientais e climáticas”, afirma Luis Fernando Guedes Pinto.
*Com informações de Yasmin Nascimento
*Reportagem produzida com auxílio de IA