As calamidades relacionadas à chuva ou seca mataram 8.700 e causaram um prejuízo de R$ 3,3 trilhões
Desastres climáticos relacionados a chuvas ou secas mataram mais de 8.700 e desabrigaram 40 milhões de pessoas no mundo em 2024. Os dados são do relatório do Global Water Monitor (Monitor Global da Água, em tradução livre). Eis a íntegra do relatório em inglês (PDF – 10 MB).
O mundo teve 17 desastres hídricos, no Brasil foram 2, as enchentes do Rio Grande do Sul e as queimadas na Amazônia. O estudo estima que as perdas globais causadas pelos desastres hídricos superaram US$ 500 bilhões (R$ 3,3 trilhões, na cotação atual).
O relatório aponta que o volume mais alto de precipitação mensal foi 27% maior que a média base, medida entre os anos de 1995 e 2005. Porém, o número de meses que registraram as menores precipitações foi 38% maior que a linha base.
De acordo com o estudo, a temperatura média global foi a maior já registrada, ficando 1,2 ºC acima da média base. Os cientistas apontam que os dados mostram um aumento de 0, 35 ºC por década na temperatura do planeta.
Ao todo, 111 países registraram o seu ano mais quente e o planeta também registrou a maior quantidade de meses mais quentes desde 1979.
Seguindo a tendência de aquecimento, o número de dias com temperaturas abaixo de 0 ºC foi o menor já registrado. O estudo aponta para uma diminuição de 2,2% no número de dias frios por década em relação à linha base.
O grupo é formado por um time internacional de cientistas liderado pela Universidade Nacional da Austrália. O relatório anual é divulgado desde 2022.
Para 2025, os cientistas apontam que as temperaturas globais devem continuar subindo. Assim, eles alertam para a possibilidade de maior quantidade de ondas de calor, risco de incêndio florestais e eventos extremos de chuvas. Isto inclui avisos para inundações e secas em todas as regiões.